RESPIRAÇÃO COMPLETA
Tão ou mais importante do que o seu controle durante a apnéia é o que você pode controlar antes de entrar em apnéia, me refiro principalmente à respiração.
Durante o dia a dia é comum não aproveitarmos toda a nossa capacidade pulmonar. Para a apnéia é importante levarmos em conta que, quanto mais ar conseguirmos colocar para dentro, maior será a sua duração. Devemos aprender a utilizar todo o volume de ar que os nossos pulmões oferecem.
Se solicitarmos a um leigo que faça uma inspiração completa, provavelmente encolherá a barriga e inflará apenas a região do tórax, este é o erro mais comum. O correto seria aproveitar também a região abdominal, que reserva um potencial e inaproveitado volume dos pulmões.
Para a inspiração completa, devemos começar enchendo toda a região abdominal para só depois inflarmos o restante: a região torácica e finalmente a clavicular. É importante verificar se o seu corpo está completamente relaxado durante a inspiração, caso contrário não terá a mesma eficiência.O link a seguir orienta sobre como fazer a respiração abdominal:
http://www.yogasite.com.br/yogasite/respirac.htm.
Como citando anteriormente, você deve associá-la a torácica e clavicular, visando à máxima expansão.
Ao completar a inspiração completa é possível ainda adicionar mais cerca de 25% do volume pulmonar através da técnica da carpa. Esta técnica consiste em pequenas sucções de ar com movimentos da boca e abertura e fechamento da glote. Esse movimento da boca se assemelha como realizado pela carpa (peixe) quando está próxima à superfície, daí a origem do seu nome.
Durante a carpa, deve-se tomar o cuidado para não engolir o ar, pois estaria enviando-o para o estômago, enquanto que seu destino certo seria os pulmões. Você pode saber se está a realizando corretamente através de alguns testes simples.
1º Faça uma inspiração completa sem as carpas, segure um pouquinho e solte o ar, tente observar a quantidade de ar que saiu e com que pressão estava. Agora faça a mesma inspiração completa, desta vez adicionando as carpas, segure um pouco e solte do mesmo modo anterior. Se tiver feito as carpas corretamente, deverá sair maior quantidade de ar e com mais pressão.
2º Com os pulmões semicheios, tente enchê-los apenas com os movimentos da carpa. Se conseguir encher tudo desde o início com as carpas, provavelmente estará fazendo-a corretamente.
Alguns cuidados em relação à carpa:
Comece com poucas carpas (2 ou 3), não force muito, pois poderá se machucar. O seu corpo ainda não está adaptado a suportar muita quantidade de ar, aos poucos irá aumentar a elasticidade de seus pulmões e poderá ir aumentando este número. Exercícios de alongamento para a caixa torácica também são recomendados.
Atenção! Jamais pratique carpas enquanto estiver dirigindo ou fazendo qualquer outra atividade que exija atenção. Em certos momentos, pode haver uma rápida perda de consciência devido ao excesso de carpas, tornando-a perigosa sob essas condições. É comum acontecer isso também logo quando o atleta parte para a performance, daí a importância do parceiro de segurança estar sempre atento desde o início.
Aprender a carpa não é muito simples, mas com um pouco de insistência acabará conseguindo fazê-la.
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