segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Natal Mergulhando!


Pois é galera, esse foi o nosso natal!

Pescaria em Muriú, no dia 24/12/2010.

Na foto: Tiego e sua bicudona (estreando a sua rob allen 120), Renato e sua bicuda e Eu com esse dentãozinho só para não passar em branco!

Estou sentindo falta de uma arma de respeito, a minha noventinha já era!

Vlws e Boas festas para todos!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Respiração Completa

RESPIRAÇÃO COMPLETA
Tão ou mais importante do que o seu controle durante a apnéia é o que você pode controlar antes de entrar em apnéia, me refiro principalmente à respiração.

Durante o dia a dia é comum não aproveitarmos toda a nossa capacidade pulmonar. Para a apnéia é importante levarmos em conta que, quanto mais ar conseguirmos colocar para dentro, maior será a sua duração. Devemos aprender a utilizar todo o volume de ar que os nossos pulmões oferecem.

Se solicitarmos a um leigo que faça uma inspiração completa, provavelmente encolherá a barriga e inflará apenas a região do tórax, este é o erro mais comum. O correto seria aproveitar também a região abdominal, que reserva um potencial e inaproveitado volume dos pulmões.

Para a inspiração completa, devemos começar enchendo toda a região abdominal para só depois inflarmos o restante: a região torácica e finalmente a clavicular. É importante verificar se o seu corpo está completamente relaxado durante a inspiração, caso contrário não terá a mesma eficiência.O link a seguir orienta sobre como fazer a respiração abdominal:
http://www.yogasite.com.br/yogasite/respirac.htm.
Como citando anteriormente, você deve associá-la a torácica e clavicular, visando à máxima expansão.

Ao completar a inspiração completa é possível ainda adicionar mais cerca de 25% do volume pulmonar através da técnica da carpa. Esta técnica consiste em pequenas sucções de ar com movimentos da boca e abertura e fechamento da glote. Esse movimento da boca se assemelha como realizado pela carpa (peixe) quando está próxima à superfície, daí a origem do seu nome.

Durante a carpa, deve-se tomar o cuidado para não engolir o ar, pois estaria enviando-o para o estômago, enquanto que seu destino certo seria os pulmões. Você pode saber se está a realizando corretamente através de alguns testes simples.

1º Faça uma inspiração completa sem as carpas, segure um pouquinho e solte o ar, tente observar a quantidade de ar que saiu e com que pressão estava. Agora faça a mesma inspiração completa, desta vez adicionando as carpas, segure um pouco e solte do mesmo modo anterior. Se tiver feito as carpas corretamente, deverá sair maior quantidade de ar e com mais pressão.

2º Com os pulmões semicheios, tente enchê-los apenas com os movimentos da carpa. Se conseguir encher tudo desde o início com as carpas, provavelmente estará fazendo-a corretamente.

Alguns cuidados em relação à carpa:
Comece com poucas carpas (2 ou 3), não force muito, pois poderá se machucar. O seu corpo ainda não está adaptado a suportar muita quantidade de ar, aos poucos irá aumentar a elasticidade de seus pulmões e poderá ir aumentando este número. Exercícios de alongamento para a caixa torácica também são recomendados.

Atenção! Jamais pratique carpas enquanto estiver dirigindo ou fazendo qualquer outra atividade que exija atenção. Em certos momentos, pode haver uma rápida perda de consciência devido ao excesso de carpas, tornando-a perigosa sob essas condições. É comum acontecer isso também logo quando o atleta parte para a performance, daí a importância do parceiro de segurança estar sempre atento desde o início.


Aprender a carpa não é muito simples, mas com um pouco de insistência acabará conseguindo fazê-la.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Treino de apneia no trabalho...





O que um viciado em mergulho não faz? só quem mergulha que entende...

Quatro minutos e quatro segundos, rumo aos quatro minutos e meio!

Vlw!!!

Mergulho na risca de rio do fogo.



Opa, depois de algum tempo, finalmente voltei a mergulhar. Mergulhamos na risca de rio do fogo e, embora não tenhamos pego nenhum exemplar grande, o mergulho foi bacana e o visual também.

Estou aguardando a minha camera sub, logo logo estarei com fotos novas.

vlw

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Bejupirá de Renato


BEjupirá pescado pelo por Rnato na Risca de rio do fogo! Belo Peixe.


PS: Acabou os estudos e agora posso voltar a mergulhar! Depois desse sábado, que tenho que trabalhar, vou voltar a pescar e postar as pescarias!

Que venha a água mais roxa do mundo para esse verão!!!

VLWS

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

TÉCNICA DE FRENZEL - PASSO A PASSO

Essa vai para os que têm dificuldade com os ouvidos durante a apneia!

A passagem que liga os pulmões é chamada de traquéia. Ela pode abrir e fechar com o epiglottis.
A passagem que liga o estômago é chamada de esôfago. E pode abrir e fechar, mas é sempre fechado, exceto durante o ato de engolir.
Ar que flui dentro ou fora dos pulmões é levado em posição neutra, o ar estará livre para correr através do nariz e da boca.
Se o palato macio for levantado, a cavidade nasal ficará fechada e o ar podera fluir somente através da boca.
Se o palato macio abaixar, a boca fechada, o ar pode fluir somente pelo nariz.
As aberturas aos tubos eustáquios estão na cavidade nasal. A chave para se compensar os ouvidos é forçar o ar nos tubos eustáquios.
A língua representa um Pistão, empurre a língua para trás e levante. O volume de espaços de ar da garganta será esmagado. O ar deve ir para algum lugar. Tentará entrar nos pulmões, mas os epiglottis estarão fechados. E se tentar entrar no estômago, o esôfago estará fechado. E se tentar sair pelo nariz, não sairá porque eles estarão fechados com os dedos. Assim eles terão uma única saída, os tubos eustáquios. A pressão do ar forçada nos tubos eustáquios é limitada somente pela força da língua. A língua é incrivelmente forte. A língua pode fornecer bastante pressão de ar e romper o tímpano.

Para executar a técnica de Frenzel
1. Comprima seu nariz
2. Encha sua boca de ar
3. Feche o epiglottis
4. Ponha seu palato macio na posição neutra
5. Use sua língua como um Pistão e empurre o ar para a parte traseira de sua garganta.
Infelizmente, a maioria das pessoas não sabem controlar o epiglottis ou o palato macio, e a maioria das pessoas não sabem usar a língua como pistão. A finalidade deste documento é descrever procedimentos passo a passo para aprender cada uma das etapas acima. Com o tempo, exercitando cada passo, o sucesso será garantido.
As etapas individuais, devem ser aprendidas e podem ser desmembradas como seguem:
1º Passo - Aprenda a encher a boca de ar:
1. Encha suas bochechas de ar, como um balão, e prenda o ar lá por alguns segundos;
2. Então usando suas bochechas, introduza o ar até seus pulmões. Repita isso, diversas vezes, o quanto você puder.
3. Para fazer as bochechas se encherem completamente, enche-as até que não consiga mais enchê-las.
4. Para que as encha moderadamente, enche-as até que comecem apenas inchar-se.
Quando eu digo "encha sua bochecha com um pouco de ar", eu quero dizer que encha suas bochechas moderadamente.
2º Passo - Aprenda a controlar o epiglotti:
Há muitas maneiras de controlar o epiglotti.
1ª Maneira - Gargarejar água
1. Tome um gole d'água;
2. Incline sua cabeça para trás, mas não permita que a água desça até sua garganta. Não engula a água;
3. A água não entra em sua garganta porque você fechou o epiglottis.
2ª Maneira - Expirar e parar o ar
1. Abra a boca, mantendo toda extensão aberta.
2. Expire, mas não permita que todo ar escape, em outras palavras, feche sua garganta e expire contra a sua garganta fechada. Nenhum ar sai, porque você fechou o epiglotti.
3ª Maneira - Inspirar e parar o ar
1. Abra sua boca, mantendo toda extensão aberta.
2. Inspire, mas não deixe o ar entrar nos pulmões, em outras palavras, feche sua garganta e inspire contra sua garganta fechada. O ar não entra nos pulmões porque você fechou o epiglotti.
4ª Maneira - Ruído com o Epiglottis em uma expiração
1. Como no método 2, expire de encontro a sua garganta fechada. Continue a aplicar a pressão.
2. Agora, por apenas um instante, deixe o ar sair completamente e então pare-o, outra vez. Deve fazer um ruído com o desbloqueio.
3. Deixe o ar sair, pare-o, deixe o ar sair, pare-o, faça isso repetidas vezes, o mais rápido possivel. O músculo que você está controlando são os epiglottis.
5ª Maneira - Ruído com a Epiglottis em uma inspiração
1. Como na 4ª maneira, mas inspirando, pare o ar, deixe-o passar, pare-o, deixe-o passar.
2. Continue a praticar as maneiras de 1 a 5 até que você consiga dominar seu epiglottis.
3º Passo - Aprenda a controlar o palato macio
1. Feche a boca
2. Inspire através do nariz
3. Expire através do nariz
4. Inspire através do nariz
5. Abra a boca
6. Expire através, somente do nariz. não deve sair ar de sua boca.
7. Inspire através, somente do nariz, o ar não deve entrar em sua boca.
8. Matenha sua respiração somente através do seu nariz, ao manter sua boca aberta.
9. Agora, respire somente através de sua boca, sem que nenhum ar corra através de seu nariz.
Uma vez que você esteja certo que pode respirar através de seu nariz ou de sua boca (mantendo a boca aberta), prossiga a etapa seguinte.
1. Inspire profundamente
2. Abra a boca, e mantenha toda extensão aberta.
3. Comece a expirar lentamente através somente de sua boca.
4. Ainda expirando, mantendo a boca aberta, expire somente através do nariz.
5. Ainda expirando, interrompa novamente, continue expirando somente pela boca.
6. Mantenha-se expirando lentamente, interrompendo pra frente e pra trás, entre o nariz e a boca o mais rápido possível.
7. Tente a mesma coisa inspirando, mantenha a boca aberta interrompendo pra frente e pra trás, rapidamente entre inspirar através da boca e do nariz.
8. Em um vai e vem, você sentirá algo macio e carnudo na parte traseira superior de sua garganta a mover-se. Esse é o palato macio.
9. Você levanta o palato macio para respirar através de sua boca e o abaixa para respirar somente pelo nariz.
10. Repita os exercícios acima, até que você possa levantar ou abaixar o palato macio a vontade.
11. Quando você expira através de sua boca e de seu nariz, o palato macio está na posição neutra (nem sobe, nem abaixa).
4º Passo - Aprenda a usar a língua como bloqueio
Agora você deve aprender a parar o fluxo de ar somente usando a língua.
1. Comece a expirar através de sua boca.
2. Faça o ar parar de fluir fechando sua boca (suas bochechas devem se encher momentaneamente).
3. Inspire novamente, e inicie a expirar.
4. Pare o ar fechando os epiglottis.
Assim, você sabe já duas maneiras de impedir que o ar flua fora de sua boca. você pode fechar o epiglottis ou pode apenas fechar a boca. Agora você irá aprender uma terceira maneira de evitar o ar fluir fora de sua boca.
1. Inspire e expire lentamente através de sua boca, diga a sílaba "t" da palavra teatro.
2. Agora mantendo sua língua nessa posição, toque a ponta da língua no "céu da boca", atrás dos dentes da frente.
3. Tente parar o ar de fluir após sua língua, fazendo um selo com a língua. A ponta de sua língua, toca no "céu da boca" atrás de seus dentes dianteiros e os lados da língua encostam nos molares.
4. Repita os passos acima, , quantas vezes você puder, sem deixar o ar fluir fora de sua boca, usando sempre a sua língua.
5. Certifique-se que você não esta se enganando fechando o epiglotis ou fechando sua boca. Seus lábios devem permanecer abertos e seu maxilar quase fechado, ou totalmente fechado.
6. Uma vez que voce dominou a parada do ar com sua língua, lembre-se da posição da língua, chama-se bloqueio com a língua.
5º Passo - Aprenda a usar a lingua como Pistão

Se você ainda não está pronto para saber como bloquear seus pulmões, consulte o "Apêndice A". Uma vez que você possa bloquear seus pulmões facilmente e inconscientemente, prossiga para o proximo passo.
1. Pegue seu snorkel
2. Coloque o snorkel em sua boca.
3. Feche seu nariz.
4. Bloqueie seu pulmão através do snorkel.
5. Você não pode usar suas bochechas como bloqueador, não funcionará. Você deve usar a sua língua.
6. Ou seja, sulgue o ar através do snorkel, a seguir aplique o bloqueio com a língua, levante sua língua para trás, para bloquear o ar em sua garganta e pulmões.
Ao fazer isso, os lados de sua língua tocam em seus dentes no céu da boca, nos seus molares. A ponta de sua língua toca o céu da boca. Você cria um selo com a língua, todos os seus dentes estarão na câmara de ar exterior, e todo o ar de trás de sua língua estará na câmara de ar traseira. Quando sua língua está nessa posição não é possivel você expirar. A língua obstrui o ar. Uma vez que você pode bloquear através do snorkel e usar a língua como o descrito, você aprendeu a usar a lígua como Pistão. Agora você sabe bloquerar o ar em seus pulmões usando a língua.
6º Passo - Aprenda a controlar o epiglotis e o palato macio independentemente
Nem sempre o epiglotis e o palato macio estão acoplados, no sentido que suas orelhas estão acopladas. É dificil mover uma orelha, e não a outra. É dificil mover uma sombrancelha e não a outra. Se você puder mover uma sombrancelha e não a outra, você desacoplou com sucesso aqueles dois músculos. Voce pode controlar aqueles dois músculos independentemente. O epiglotis e o palato macio(com isso você impede o fluxo de ar através do nariz). E esse é o problema. Para fazer a técnica de Frenzel, você precisa aprender a fechar o epiglotis ao manter o palato macio na posição neutra. Isso pode ser completamente difícil e levar tempo para aprender, e é frequentemente a parte mais dificil da técnica inteira.
1. Coloque seus dedos polegares, abaixo de suas narinas de modo que seu nariz, delicadamente seja plugado.
2. Deve ser possível expirar através de suas narinas.
3. Sinta suas bochechas encherem-se completamente.
4. Feche o epiglotis.
5. Tente apertar suas bochechas e forçar o ar a sair pelo nariz.
6. Você deve sentir o ar passar sobre seus dedos, e suas narinas devem alargar-se.
7. Se o ar desaparecer e suas narinas não se alargarem, o ar entrará de volta aos seus pulmões porque você não deve ter fechado o epiglotis.
8. Se o ar não for em qualquer lugar, e for obstruído apenas, significa que seu palato macio esta levantado, que esta obstruindo sua passagem nasal. Refaça os exercícios do palato macio para ganhar sensação daquele músculo.
9. Repita de novo, os passos acima, concentrando-se no palato macio, mantendo-o em posição neutra. O único meio que você pode apertar suas bochechas e forçar o ar a sair do seu nariz é se o palato macio estiver em posição neutra.
10. Se você ainda não puder dominar o exercício acima, tente o seguinte.
11. De novo, tampe seu nariz.
12. Expire 90% do seu ar fora de sua boca.
13. Feche a boca, e expire os últimos 10% de seu ar dentro de suas bochechas, enche-as até estourarem.
14. Feche o epiglotis.
15. Agora seus pulmões devem estar completamente vazio, e sua bochecha bem cheia. O ar deve ser preso em sua boca porque seu epiglotis está fechado.
16. Agora, inspire contra a sua garganta fechada. Naturalmente, nenhum ar irá rapidamente aos seus pulmões, porque os epiglotis estarão fechados. No lugar disso, você cria um vácuo incorfotável em seus pulmões.
17. Mantenha o vácuo no pulmão. Tente agora, espremer suas bochechas e forçar o ar em suas bochechas fora de seu nariz. Concentre-se no palato macio. Relaxe sustentando-o na posição neutra. Se você tiver êxito, o ar virá rapidamente fora de seu nariz. Não deixe o ar entrar em seus pulmões.
18. Mantenha-se praticando os exercícios acima até que você possa sentir suas bochechas, feche o epiglotis, aperte suas bochechas e force o ar para fora de seu nariz. Quando você fizer isso, o epiglotis será fechado, e o palato macio estará em posição neutra. Esse é o músculo principal que você precisa lembrar.
19. outro caminho para aprender a controlar o epiglotis e o palato macio independentemente é bloquear seu pulmão através do nariz. Em outras palavras, tente aprender bloquear seu pulmão com sua boca fechada.
7º Passo - Use tudo junto
1. Feche seu nariz
2. Enche suas bochechas apenas um pouquinho.
3. Feche o epiglotis e mantenha o palato macio em posição neutra, como você aprendeu.
4. Aplique a língua como bloqueio, e force o ar para voltar a sua garganta como se comprimindo através de um snorkel. O ar não pode entrar nos pulmões, mas perfeitamente, fluirá no nariz, mas seu nariz deve estar plugado, o ar será forçado nos tubos eustáquios, que irá estalar seu ouvidos.
Uma vez que seus ouvidos estalarem, você pode continuar a aplicar pressão com a sua língua, forçando seus tímapanos para fora. De fato você deve sentir como se você pudesse quebrar seus propios tímpanos, se você aplicar bastante pressão com sua língua (claro, não tente quebrar seus tímpanos). Mantenha-se praticando a técnica de Frenzel até que você possa estalar seus ouvidos imediatamente, tapando o nariz e estalando.
8º Passo - Teste na água
1. Vá para uma picina 6m de profundidade.
2. Desça 3 ~ 3,5m, de cabeça para baixo sem compensar. Seus ouvidos devem doer um pouco.
3. Agora tampe seu nariz e igualize. Você estará pronto para estalar seus ouvidos instanteneamente.
4. Continue aplicando pressão com sua língua o quanto puder, até sentir seus ouvidos pressionarem para fora.
Tente a mesma coisa no lago ou no mar.
9º Passo - Aprenda avançadas variações
Para executar a técnica de Frenzel, deve haver um espaço de ar na garganta. A língua deve empurrar, como um Pistão, contra o espaço de ar. Se não houver nenhum espaço de ar na garganta, a técnica não poderá ser executada.
Quando um mergulhador desce, seus pulmões comprimem-se. Quando invertido, o volume restante de ar comprimido levantar-se-a nos pulmões. Em alguma profundidade, o mergulhador descobrirá que de repente não há nenhum ar suficiente ao longo de sua garganta para executar a técnica Frenzel. Isso acontece também quando um mergulhador desce os primeiros metros, mas acontece muito mais rápido, quando se desce a cabeça primeiramente.
A fim de continuar a compensar após a "profundidade da falha", o ar deve ser movido dentro da garganta. Isso pode facilmente ser feito puxando de dentro do estômago, e expirando forçadamente de encontro a boca fechada, de maneira que faça as bochechas inflarem-se. Uma vez que há ar na boca e nas bochechas, os epiglotis devem ser fechados imediatamente antes que o ar possa fluir de volta aos pulmões. Uma vez que os epiglotis estão fechados, o ar está preso na garganta e a técnica Frenzel pode ser executada.
A técnica é chamada de "diafragmática Frenzel", é usada por quase todos mergulhadores de profundidade. Entretanto, sempre com a "diafragmática Frenzel", virá uma pressão, quando o volume de ar restante nos pulmões for pequeno, aquele não será possível encher a garganta e a boca. Depois da pressão até mesmo a "diafragmática Frenzel" falhará. O único caminho para continuar a igualar além dessa profundidade é a armazenar ar o suficiente na boca e nas bochechas, antes de alcançar a profundidade.
1. Encontre a profundidade em que a técnica "diafragmática Frenzel" falha pra você. Deve estar provavelmente em algum lugar entre 15 a 27m. quando mergulha-se invertido. Presume-se que a profundidade falha em X metros.
2. Prepare seu relógio de profundidade para disparar o alarme a uma profundidade de (X = -4,5m). Ou seja, se sua profundidade falha é de 19m, ajuste seu alarme para 14m.
3. Comece seu mergulho.
4. Quando você ouvir o alarme, curve-se para frente ligeiramente, puxe seu estômago para dentro, e expire todo o ar possivel em sua boca. Suas bochechas devem encher-se completamente.
5. Imediatamente, feche o epiglotis, e mantenha fechado para o restante da descida. Você pode achar util para inspirar contra o epiglotis fechado. Isso ajuda a mantê-lo fechado.
6. Agora, mantenha o palato macio na posição neutra, você pode continuar a compensar com a técnica de Frenzel. Você precisa continuar para manter o epiglotis fechado.
7. Você poderá igualar 3 a 5 vezes mais com o ar em sua boca e bochechas.
8. Surpreendentemente, usando esta técnica, seus pulmões desmoronarão completamente e se encherá com ar, e ainda você terá muito ar na sua boca para igualar. Você pode também compensar sua máscara com o ar na sua boca. Para fazer isso. Simplesmente faça a técnica Frenzel mas não tampe seu nariz.
A técnica Frenzel pode ser praticada na picina de natação, mas isso é perigoso, você precisa ter um parceiro.
1. Vá a uma picina de natação com no máximo 3m de profundidade
2. Relaxe seu corpo e prepare-se.
3. Após uma correta respiração padrão, expire 95% do seu ar.
4. Feche sua boca.
5. Continue expirar os últimos 5% de seu ar dentro de sua boca e suas bochechas até sentir totamente sem ar.
6. Imediatamente, feche o epiglotis.
7. Desça ao fundo da picina.
8. Igualize com o ar dentro de sua boca.
A mesma técnica pode ser praticada no lago ou no mar. Você pode descer de 15 a 20 metros, usando somente o ar de sua boca e bochechas para igualar."
"Apêndice A" - Como bloquear o ar em seus pulmões
1. Feche a boca.
2. Expire contra sua boca fechada, sentindo encher suas bochechas.
3. Aperte suas bochechas e empurre o ar de volta para seus pulmões.
4. Repita os itens 1-3 novamente, até que você possa encher suas bochechas e introduza o ar de volta a seus pulmões.
5. Pegue um canudo de bebida.
6. Coloque o canudo em sua boca.
7. Sulgue o ar através do canudo.
8. Inspire atraves do canudo.
9. Observe a diferença entre inspirar através do canudo e sulgar através do canudo.
10. Inspire o máximo através do canudo.
11. Sulgue o ar através do canudo.
12. Tire o canudo da boca.
13. Use suas bochechas para empurrar o ar de volta aos pulmões.
14. Sulgue o ar dentro de sua boca sem usar o canudo
15. Use suas bochechas para empurrar de volta ar aos pulmões(não engula o ar para dentro de seu estômago)
16. Um ciclo de sulgar/empurrar, é chamado de um "bloco".
17. Recomece sem o canudo.
18. Inspire ao seu máximo.
19. Bloqueie seu pulmão, de novo, até que você não possa ter nenhum ar em seus pulmões ou até voce sentir desconforto. Conte quantos blocos você pode fazer. Se voce tiver acesso a um respirômetro você poderá medir quanto ar extra você poderá ter. A maioria das pessoas conseguem entre 0.8L e 4.0L de ar extra.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Busca do Mergulho Perfeito


Achei muito bacana esse artigo da Karol, olhem aí:

Ter participado, recentemente, da clinica de mergulho livre com o amigo e recordista mundial Patrick Musimu, para mim o astronauta das profundezas, o homem que chegou à 209,6 m de profundidade, fez com que eu repensasse algumas questões sobre o mergulho. Sua marca foi além de um simples recorde, foi a realização de um sonho, de uma conquista dentro e fora da água. Quando perguntei à ele o que era o mergulho livre, recebi a seguinte resposta:
“O mergulho em apnéia não é somente um esporte, é uma arte onde o progresso é sinônimo de compreensão e aceitação. Patrick Musimu.” (http://www.patrickmusimu.com)
Sabemos que o mergulhador sempre está atrás do maior tempo, maior profundidade submerso, numa procura incessante por superação, sem dúvida um extremo deste esporte. Há também um outro lado, o lado do mergulho contemplativo e de sensações, ou o de realização de um sonho, cujo prazer é sem dúvida indescritível.
Pois bem, o mergulho perfeito então qual seria ? Aquele onde conseguiríamos dar o nosso melhor, porém tendo a performance como uma consequência natural, sem exigências ou cobranças, sem violentar o organismo, e ao mesmo tempo aproveitando os prazeres do mergulho ao máximo !
Por onde começamos então ?
Os primeiros passos se iniciam fora da água:
Estabeleço metas e rituais de treinamento que me permitirão atingir a performance desejada. Esta etapa é difícil, considerando-se o pouco apoio que temos para o esporte, mas ainda assim o sonho vai para o papel e buscamos pelo planejamento dos treinos para chegar no resultado final. Procuro estabelecer uma marca inicial e uma final. Mas é muito importante não gerar um stress excessivo, não deixar que pressões externas ou mesmo internas, retirem de você o prazer em praticar o mergulho livre. Se o seu objetivo for somente por marcas, está no lugar errado, nosso corpo assim como o mar variam muito, será preciso compreender as oscilações e lidar com isto, não fazemos recordes a cada treinamento, o mergulho livre exige paciência e compreensão do nosso corpo.
Qual o treinamento ?
O apneista não é um semi-Deus. Normalmente as pessoas vêem o apneista como um ser anormal, como se fosse necessário nascer com alguma dádiva divina para se poder praticar apnéia... Não somos malucos nem mágicos não! Qualquer pessoa pode praticar apnéia, salvo algumas exceções: cardíacos e hipertensos, os interessados, tendo seus exames médicos em dia, poderão praticar o mergulho livre de forma segura.
É preciso estar bem condicionado, desenvolvendo trabalhos aeróbicos com limiar anaeróbico de moderado a alto. A apnéia é incluída aos poucos, de forma gradativa, permitindo que o organismo se adapte quimicamente às mudanças: tolerância a hipercapnia, hipoxia, caixa toráxica imóvel, acidose, aceitação das contrações musculares, pressão hidrostática.
Com aproximandamente 2 meses de treinamento podemos ter significativas melhoras ! Tenha paciência.
Para interessados em aprender, tenho cursos de vários níveis: (http://www.karolmeyer.com/cursos.php)
Busco por segurança nos treinos: o mergulho livre é um esporte de risco, qualquer falha na segurança pode ser fatal. Não existe mergulho sozinho, ainda que as pessoas assistam à imagens de recordes onde somente vêem o atleta, é importante saber que sempre há uma estrutura por trás, pessoas que garantem a segurança nos treinos e nas performances de recorde. Ao iniciar os treinamentos, será necessário formar uma dupla ou um grupo de treino com pessoas que deverão estar aptas a fazer uma correta supervisão durante a apnéia e também um socorro imediato se necessário.
Praticar apnéia sozinho? JAMAIS ! É tentador, mas muitos que não resistiram à tentação, não estão mais aqui para contar como foi este último mergulho... No dia que não puder contar com o seu dupla, faça apnéia fora da água.
Antes de entrar na água, leia : (http://www.aidabrasil.com.br/seguranca.php)
E a respiração como está ?
Normalmente respiramos mal, de forma superficial, devido ao stress diário. Para praticarmos um mergulho perfeito, será necessário uma respiração de amplitude moderada a ampla, em torno de 6 a 8 respirações por minuto, dando ênfase para a respiração abdominal e destinando uma respiração completa para os últimos segundos.
Ainda antes de partir para o mergulho:
Nunca é demais lembrar: CUIDADO PARA NÃO HIPERVENTILAR! Ao sentir qualquer formigamento, pare, não mergulhe, se reestabeleça primeiro. Isto significa que você já está em hipocapnia (baixa de CO2 no organismo) e, por consequência, hiperventilado.
Partindo de bem com a vida, em paz:
O momento de partir para o mergulho também é crucial, procure não deixar o stress tomar conta, pense no mergulho em etapas, isto o ajudará a não negligenciar nenhuma delas, sobretudo a respiração correta que antecede à partida/virada na água. Este momento exige concentração, hidrodinamismo e agilidade para vencer os primeiros 10 metros de profundidade. Lembre-se: depois de partir não é momento para pensar se respirou bem ou que deveria ter dado mais uma inspiração completa... O mergulho já se iniciou e você fará o melhor possível, não deixe a mente intervir com pensamentos negativos.
E agora que já estou submerso ?
* Cada músculo tensionado sem necessidade está consumindo o precioso O2, relaxe-os;
* É muito importante a procura pela postura correta e o hidrodinamismo, que também é uma forma de se economizar energia.
* Não esqueça de compensar ! Principalmente nos primeiros metros.
Lembre-se de que a maior variação de pressão está ali, entre a superficie e os - 10 metros, negligenciar a compensação ou optar por uma manobra que dispenda muito oxigênio, poderá fazer com que você interrompa o mergulho antecipamente;
* Jamais faça uma manobra de Valsava forçada, poderá sofrer um acidente, até mesmo romper o seu tímpano!
Costumo sugerir e praticar com meus alunos a Manobra de Frenzel onde utilizamos o ar da boca e a língua como um pistão que empurra o ar para a tuba auditiva e equaliza as pressões.
http://www.aidabrasil.com.br/artigos/art_frenzel_karol.doc
* Adapte-se à profundidade progressivamente: quanto mais fundo mergulhamos é normal que a cada metro o stress aumente. Nosso cérebro consome 25% do nosso O2, já imaginou estressado ? Avançando pouco à pouco, conseguimos evitar esta situação ou pelo menos minimizá-la. Só avance quando estiver dominando a profundidade anteriormente alcançada;
* Acerte o lastro, procurando estar neutro entre os 10m a 15m de acordo com a profundidade que irá atingir;
* Use uma roupa confortável, observe se ela não dificulta a sua respiração e se está realmente te protegendo do frio;
* Cheque se sua máscara está bem adaptada ao rosto e dê preferência às máscaras com menor volume interno;
* A nadadeira é apropriada ? Opte pelas nadadeiras de pescasub, com calcanhar fechado, longas, a rigidez dependerá do seu condicionamento e estrutura física;
* Procure sentir o mergulho, a velocidade de descida e subida, a flutuabilidade, tirando proveito de ambas para economizar oxigênio;
* Mantenha sempre o foco, não deixe pensamentos ruins tomarem conta de seus pensamentos. Nos momentos difíceis, não desista, você poderá se manter consciente por mais tempo evitando ou retardando um acidente;
* Dê um tempo para os “medidores de performance”, esqueça o relógio, o profundímetro em casa. Já dizia o saudoso Mayol:“A melhor apnéia nós encontraremos quando desistirmos de procurá-la!”.
Pude confirmar a veracidade desta frase em vários momentos...um dos meus melhores tempos de apnéia estática foi feito num dia que entrei na água para fazer um treino de hipercapnia, não havia a pretensão de realizar um recorde e cheguei facilmente lá.
Outra destes momentos foi um mergulho no lastro constante somente buscando sentir as sensações do meu corpo, a beleza do mar, foquei a visão em duas barracudas que me acompanhavam, um momento maravilhoso que ficará guardado para sempre.
Vale deixar aqui um bela frase de Musimu:
“Abra o seu coração e escute o susurro do mar, a senha de acesso para ele está dentro de você mesmo!”
No silêncio e na grandeza do mar, o que buscamos mesmo, bem lá no fundo, é por uma maior compreensão de nós mesmos.
Desejo que cada um consiga chegar no seu mergulho perfeito um dia, aquele mergulho que é, acima de tudo, sinônimo de paciência, adaptação, treinamento e compreensão de si mesmo, onde o fundamental é o sentir-se bem dentro da água.

Por Karol Meyer.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010



Fala galera!

Mergulho de sábado passado em Muriú (09/10/2010)! Novamente fomos ao "batentinho"no barco de Bahia. O mar estava cristalino e os peixes apareceram. Na foto, destaque para a arraia que Tiego pegou (detalhe para a tirada do ferrão do bicho ainda dentro da água), Renato e seus Garacimbolas, meu querido Tio Ney que foi conhecer a pescaria e saiu bastante satisfeito e eu com meu peixe rei e meus dentões! Foi um mergulho ótimo e a apnéia está cada vez melhorando mais!

Abraços e água roxa para todos!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Muriú 02/10/2010



Mergulho de sábado passado, dia 02/10/2010, no "batentinho", partindo da praia de Muriú. Além de mim, estavam Renato (foto), Tiego, Edson e Paulista. A água estava bem limpa, mas não tinha muito peixe e a correnteza estava forte. No final das contas foi um bom mergulho.

Abraço e desejo água roxa para todos!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

MOVIMENTO DE CARPA (PACK'S)

O movimento é chamado de carpa exatamente pela semelhança que possui com o movimento que o peixe, de mesmo nome, realiza com a boca na superficie da água. Em estudo que fiz na França, Centro Desportivo do Nice Universite Club, pude observar um acréscimo de 20% ao meu volume total de ar realizado em inspiração forçada, normalmente há ganhos na faixa de 10 a 25% e tais melhoras irão repercutir no tempo de apnéia, mas principalmente, no mergulho em profundidade.

É um movimento realizado após a inspiração completa, colocando-se o ar sob pressão nos pulmões, através de pequenas sucções de ar, seguidas pelo bloqueio de sua saída através da glote. Importante lembrar que o corpo deve estar bem relaxado para poder realizar a respiração completa e a carpa de forma correta e eficiente.

Como saber se está fazendo o movimento correto?

Teste este exercicio: expire completamente, pince o nariz e comece a fazer o movimento, preste atenção para ir percebendo se o pulmão está inflando, procure manter a musculatura responsável pela respiração bem relaxada. Pronto, você está realizando a manobra! A carpa pode ser utilizada como um alongamento para a caixa toráxica e nos aquecimentos para as performances em apnéia.

Cuidados especiais:
• não negligencie a respiração completa correta, senão de nada adiantarão as carpas (na ânsia de fazer o movimento acabamos respirando de forma errada);
• não exagerar, a carpa exige treino e adaptação da musculatura;
• prestar atenção para não "engolir" o ar, ou seja, enviá-lo para o estômago, lá ele não terá utilidade;
• a carpa deve ser considerada um "plus", portanto as qualidades essenciais que precisamos para chegar na performance desejada jamais deverão ser abandonadas ou substituidas pela "carpa".

(Por: Karol Meyer)

PS: No youtube existe uma entrevista do Jô Soares com a Karol Meyer onde ela exemplifica a técnica.

Abraços

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Treino de Apnéia


Só queria compartilhar que na última segunda eu consegui passar quatro minutos em apnéia! Na primeira tentativa eu prendi a respiração por 1 minuto, depois passei quatro minutos respirando de uma forma bem lenta e profunda. Na segunda tentativa passei três minutos sem respirar e novamente repeti os quatro minutos de respiração e relaxamento. Só na terceira tentativa foi que alcancei os quatro minutos de apnéia! Foi uma conquista pessoal, mas agora o objetivo é alcançar a marca de 4 minutos e trinta segundos (parece inalcançável). Lembrando que nunca se deve treinar sob a água sem uma supervisão direta.

Também estou postando mais uma foto do último mergulho. Abraços

sábado, 11 de setembro de 2010

Protocolo de Segurança da AIDA

Conheça os protocolos de segurança para competições e quebra de recordes da AIDA Internacional! A AIDA Brasil estipulou também seu protocolo de segurança, nos moldes da AIDA Internacional. Leia com atenção!

RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA NA PRÁTICA DA APNÉIA

A apnéia é um esporte acessível à todos, principalmente num país como o Brasil com uma costa marítima tão extensa, centenas de praias e água com temperatura convidativa.
Praticada com segurança, mesmo pelos mais jovens, o mergulho livre é hoje uma realidade. Mesmo que você não tenha muita aquaticidade, você tem pulmões! Calce suas nadadeiras, coloque sua máscara e mergulhe. A apnéia é um meio de nos conhecermos melhor e de, também, conhecermos o mundo aquático.
Mesmo sendo um esporte praticado num ambiente tranquilo e até prazeroso, a água pode se tornar perigosa já que não é o nosso habitat por natureza. E quando falamos disso, estamos também mencionando piscinas e outros locais rasos, porque a longa privação do corpo de oxigênio, pode levar ao apagamento e a um possível afogamento se não houver uma rápida intervenção de alguém que esteja no local.
Para evitar acidentes durante suas imersões, aqui vão algumas
recomendações de segurança que devem ser seguidas.
• Essa é a regra número 1: Não se treina ou pratica mergulho em apnéia sozinho, mesmo que seja em piscina ou por simples brincadeira. Há casos de morte registrados em situações onde pessoas, mesmo preparadas, estavam treinando ou ´brincando´ sozinhas.
• Na apnéia estática, combine sinais de comunicação com a pessoa que esta supervisionando, ao menos a partir de 50% da performance, de 30" a 30" e depois constantemente a cada 15". Ex.: a pessoa parte para fazer 3'00, então recebe um toque nos 1'30, outro nos 2'00, outro nos 2'30, 2'45, 3'00... Se a pessoa não responder ao toque com o sinal pré- estabelecido, é tocado novamente na sequência, não respondendo deverá ser retirado imediatamente da água ainda que tente se manifestar de outras formas para dizer que está bem.
• Mergulhe sempre com 2 ou mais apneístas do mesmo nível de preparação que o seu.
• Sempre mostre a sua presença, diga quando partirá e quanto pretende atingir em cada mergulho.
• No mar: tenha sempre com um ponto de apoio para recuperação do apneísta entre uma descida e outra. Uma simples bóia de cor vermelha é suficiente (poitas ou flutuadores como aqueles protetores de casco para barcos). A partir deste flutuador desce um cabo até o fundo, ficando esticado por um lastro de 10 a 20 quilos preso na ponta final, para que o cabo, bem esticado, seja um ponto de apoio bem firme.
• Use sempre cabos que vão até o fundo, que deverá estar próximo de sua profundidade máxima a ser atingida.
• O apneísta de superfície deve manter a mão no cabo, assim saberá, pelo tato e vibração do cabo, quando seu companheiro chegou ao fundo e poderá partir (sempre com o mínimo consumo de oxigênio, ou seja, usando os braços) para encontrá-lo nos últimos -10 metros no retorno à superfície.
• Equilíbrio com o lastro de chumbo é fundamental. Você deverá estar neutro na metade da profundidade máxima que pretende atingir. Exemplo: se sua meta é atingir 15 metros de profundidade, deverá retornar à superfície, sem utilizar as nadadeiras, desde os -7,5 metros. Se você descer a -30 metros, este ponto se situará a -15 metros.
• Não escolha roupas de cores escuras como preto ou azul marinho pois você estará "invisível" dentro d'água, o que dificulta a sua localização por parte de quem está na superfície ou acima de você na água.
• Em locais com correnteza, pouca visibilidade ou outros fatores estressantes como o frio, recomenda-se o uso de um cabo acessório que prende o apneísta ao cabo principal, porém com um sistema de largagem rápida.
• Quando seu companheiro retornar à superfície, pergunte se ele está bem (mesmo em piscina). Caso ele não responda, segure-o firmemente. Mesmo que ele responda ou demonstre que está bem, nunca lhe dê as costas. Uma síncope ou apagamento podem ocorrer até 20 segundos após o retorno à superfície.
• Jamais fique no fundo, mesmo se você estiver se sentindo bem. Prefira a apnéia estática para prolongar sua apnéia, estando próximo da superfície.
• Em piscina, pratique sempre próximo de algum apoio, escada, borda ou bóia. Na apnéia dinâmica tenha sempre acompanhamento paralelo, dentro da água nos últimos 30% de sua performance.
• Não solte o seu ar dentro da água. Guarde o ar!!! Bolhas podem ser interpretadas como sinal de apagamento.
• Não hiperventile (respiração ampla, profunda e silenciosa).
• Não negligencie a compensação dos ouvidos. Se tiver problemas para compensar os ouvidos, não insista. Descanse um pouco antes de uma nova tentativa. Se o problema persistir, pode ser sinal de uma gripe, resfriado ou outra ocorrência clínica. É bom consultar um médico.
• Não esqueça da respiração ao sair da água, elevar a máscara e reestabelecer-se.
• Respeite seu organismo: jamais mergulhe doente (gripado, sinusite) ou quando estiver em tratamento por medicamentos. O organismo não responderá normalmente. Álcool e fumo são também inimigos.
• Pare de olhar seu relógio ou seu profundímetro durante o mergulho. Você tem toda a vida para progredir! Jamais forçar! A apnéia é, acima de tudo, uma escola de paciência!

Mesmo em piscina, é preciso ter supervisão direta !

Cuidado Pessoal!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

DICAS PARA NÃO ENJOAR NO MAR

Olá Galera, achei essas dicas na net, da autoria de Gilberto Gabardo Neto e decidi postar aqui.

PS: Só lembrei dos meus amigos Edson e Tiego! hehe

"Além de mergulhador em apnéia, sou pescador sub e também guia de pesca esportiva, desde os 14 anos de idade tenho contato direto com o mar. Gostaria de ajudar a desmistificar a questão do enjôo. Existem dois motivos básicos que levam ao "mal-de-mer", o fisiológico ou o psicológico. Acreditem, o psicológico ocorre em 90% das vezes !

Seguem algumas dicas:
1. Não coma nada muito pesado na véspera.
2. Não deixe para organizar a tralha tarde da noite.
3. Tenha a certeza de que todo o seu equipamento está em ordem e carregado.
4. Durma cedo e procure controlar a ansiedade.
5. Levante um pouco mais cedo, seu organismo ficará mais ativo, procure ir ao banheiro e fazer o número 2 antes de sair.
6. Tome o seu café da manhã normalmente, nunca deixe de fazer isso e não mude os seus hábitos.
7. Tome o seu remédio juntamente com o café.
8. Durante a navegação tenha a cabeça leve, aprecie a natureza, você está indo fazer o que gosta, não é obrigado a nada, relaxe.
9. Deixe para vestir sua roupa poucos minutos antes de chegar ao ponto, isso é muito importante!
10. Procure usar roupa de 3mm com "open cel", é mais fácil de vestir, preserva mais o calor e é muito macia.
11. Mantenha a barriga cheia, mesmo que seja de água, barriga vazia é = a enjôo.
12. Não acredite em simpatia, toma isso, come aquilo, é tudo conversa mole, mantenha os seus hábitos.
13. Comece o mergulho em locais mais rasos ou abrigados, vc não está preocupado com a performance e sim com o bem estar, a performance vem depois.
14. Ficando enjoado vomite e tome bastante água, não tenha vergonha, segurar é muito pior.
15. Mantenha-se seguro, ninguém é herói!!!
Alguns remédios que não dão sono: STUGERON, VERTIX E BONINE (importado).

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Caça submarina em Natal/RN: Condições Climáticas.



Há alguns dias eu postei um relato sobre um mergulho com muita “carreira d’água”, na Praia de Muriú/RN. Embora tenha sido uma experiência não muito boa, levando em consideração as péssimas condições do mar que enfrentamos, resolvemos novamente insistir nesse mergulho sobre o cabeço chamado de “Batentinho”, pois as condições do tempo estão impossibilitando a prática do esporte em quase todo o litoral no nosso estado. Embarquei por volta das 05:00h da manhã, juntamente com meus amigos Tiego e Renato, e rumamos para o mergulho com as expectativas bem baixas. Bahia, o pescador que nos levou pela segunda vez, estava pessimista com relação à correnteza, mas dessa vez analisamos as condições climáticas e oceanográficas antes de decidir “cair na água” e deu certo. O site Climatempo informou que, em nossa cidade Natal, os ventos estariam com a média de 19km/h, variando de 18km/h às 09:00h à 29km/h às 12:00h, e o site do INPE informou que a altura de onda estaria por volta de 1.4m pela manhã e de 1.5m pela tarde, além de que a velocidade dos ventos estaria por volta de 8,7m/s pela manhã e de 8,8m/ pela tarde, o que se apresentou bastante fidedigno no mergulho e que, a partir de hoje, usarei como parâmetro para as próximas pescarias. Ao chegar no “cabeço”, após 2h de barco, encontramos o mar bastante calmo e com uma excelente visibilidade. Com essas condições o mergulho não poderia ser diferente, caçamos presas de bons tamanhos, valendo o destaque para o sirigado que Tiego capturou, com mais de 4,5kg, o garaximbola que arpoei, com mais de 3,5kg, e o garabebéu que Renato matou, além de outras presas. Aliás, vale um destaque especial aqui para a evolução de tempo em apneia que o mergulhador Renato vem apresentando. Com a maré subindo, a correnteza foi aumentando inversamente proporcional à visibilidade sob a água e o mergulho foi ficando mais complicado. No final das contas, foi um mergulho muito bom, com uma grande diversidade de espécies no mesmo “cabeço” e com uma paisagem muito bonita, valendo o destaque para um casal de tartarugas-pente que nos acompanhou por todo o mergulho. O único problema foi um enjôo persistente que me acompanhou por toda a manhã. Encontrar essas condições de mergulho, nessa época do ano, em nossa cidade Natal é uma tarefa bastante difícil, mas que pode ser facilitada pelo monitoramento do clima, ventos e ondas, serviço amplamente divulgado na internet e que, a partir de agora, também será divulgado nesse Blog. Partimos para casa com bastante peixe na bagagem e lembranças que não tem preço.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Caça Submarina: APNEIA.


Sem sombras de dúvidas, a maior preocupação que aflige a maioria dos praticantes da caça submarina é a apneia. Entende-se por apneia a parada da respiração e, esse tempo que o mergulhador necessita para alcançar sua caça sob a água, é fundamental para o sucesso no esporte. Assim que comecei a praticar o mergulho profundo em apneia tive um choque com a distância alcançada por mergulhadores mais experientes, como também com o tempo em que os mesmos permaneciam sob a água. Observar um mergulhador sem respirar por alguns minutos enquanto se aprofunda mais de vinte metros e procura uma presa é uma experiência incrível, mas parece ser um feito inalcançável para um iniciante. Durante meses eu procurei me informar sobre a apneia e como poderia aprimorar a minha técnica, que até então simplesmente não existia. Procurei por livros e artigos espalhados pela rede mundial e vou resumir aqui alguns dos meus aprendizados. A apneia é dividida em duas categorias: Estática e Dinâmica. Entende-se por apneia estática aquela que se pratica sem se movimentar, fazendo o corpo gastar o mínimo de oxigênio possível e conservando por um maior período esse gás valioso dentro dos pulmões. Dessa forma o esportista pode permanecer por mais tempo sem respirar, alcançando marcas maiores de tempo. De forma inversa, a apneia dinâmica é realizada quando o praticante exerce algum movimento muscular enquanto prende a respiração, gastando a reserva de oxigênio para gerar energia e diminuindo o tempo de apneia. Durante o mergulho profundo em apneia, o mergulhador exerce a apneia dinâmica, enquanto realiza a descida até o solo do mar, e a apneia estática enquanto permanece imóvel na espera pela sua presa, até ter que voltar para a superfície sobre as águas e poder respirar novamente. Hoje em dia, eu que sou um mergulhador iniciante, já estou conseguindo passar um pouco mais de três minutos em apneia estática e um pouco mais de um minuto e trinta segundos em apneia dinâmica. Embora esteja ciente de que essas médias ainda estão abaixo das de um praticante experiente e também já tenha ouvido falar de marcas de mais de seis minutos, ainda considero essas metas completamente impossíveis de serem alcançadas. A melhor maneira que encontrei até o momento para otimizar os meus tempos em apneia foi a seguinte: em primeiro lugar eu realizo uma respiração bem lenta, enchendo os meus pulmões até o total de sua capacidade, depois esvaziando os mesmos completamente, sempre bem lentamente e durante três minutos. Após esse período eu encho rapidamente o meu pulmão, primeiro a sua região abdominal, depois sua área central e por último a região superior, e prendo a respiração. Nesse momento o mergulhador deve descer até a região que deseja alcançar, sempre realizando o mínimo de movimentos para economizar o oxigênio (uma nadadeira boa permite alcançar maiores distâncias com o mínimo de esforço). O compromisso entre esforço, amplitude e freqüência de perna, proporciona uma progressão correta e rentável debaixo de água. Algumas dicas:
- Os joelhos muito fétidos fazem a perna entrar em atrito à água travando a progressão, logo o esforço despendido é maior e a deslocação inferior.
- Os joelhos muito juntos podem fazer a barbatanas tocarem uma na outra perdendo a eficácia.
- As pernas constantemente rígidas não dão fluidez ao movimento e aplicam muita energia. - Uma amplitude de perna muito grande não só retarda a progressão como também não permite um boa freqüência.
- Uma amplitude reduzida não dá tempo à pala da barbatana para trabalhar
- A posição incorreta do corpo provoca também mais atrito e este fato verifica-se mais na descida devido ao constante olhar para o local escolhido no fundo, o corpo forma um arco prejudicando o hidrodinamismo.
- Voltando ao compromisso j á acima referido, o praticante deve durante o treino e ou ação de caça, partir para a interiorização do seu movimento. Tirar partido do impulso de cada pala doseando a energia aplicada para o efeito, deve sentir o seu corpo a progredir com a maior velocidade, mas com o menor esforço possível.
Um tempo seguro para a subida deve sempre ser reservado, lembrando que será consumido bastante oxigênio pelos músculos até atingir a superfície. Após a apneia, recomenda-se o mínimo de três minutos repetindo a respiração que expliquei mais acima do texto, antes de mergulhar novamente. Particularmente, eu passo quatro minutos entre um mergulho e outro para garantir a minha segurança. As primeiras descidas devem ser com um tempo reduzido de apneia, para poder adaptar o pulmão gradativamente à falta de ar. Durante os mergulhos, quanto maior a profundidade atingida, menos oxigênio será consumido pelo organismo. A hiper-ventilação deve ser completamente evitada, pois a mesma aumentará os níveis de oxigênio circulando em nosso corpo, consequentemente diminuindo os níveis de gás carbônico (responsável pelo alarme orgânico que indica os níveis baixos de oxigênio), gerando um quadro de tranqüilidade durante a apneia que engana o mergulhador e causa o apagamento, que é a principal causa de mortes no esporte. Por ser tão freqüente os desmaios durante o mergulho profundo, um parceiro que consiga atingir as mesmas marcas que você deve estar sempre de prontidão, alternando as decidas durante o mergulho. A prática é a melhor forma de aprimorar a técnica e uma piscina é um local ótimo para realizar exercícios em apneia, sempre acompanhado por um parceiro. Nadar sob a água é um bom exercício e complementar o treinamento com exercícios aeróbicos é aconselhado por vários profissionais da área. Alcançar metas mais profundas exige muito esforço, quer em termos físicos quer no âmbito de preparação mental. Espero que tenha ajudado. Obrigado e até a próxima caçada.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"Carreira d'água"


Nesse último sábado, dia 21 de agosto, participei de um mergulho nos “batentes”, partindo da praia Muriú juntamente com meus dois amigos Renato e Tiego. Como há muito tempo a água não fica limpa na costa, decidimos mergulhar em águas mais profundas, na esperança de encontrar qualidades ideais para a prática do mergulho. Embarcamos no “bote” de Bahia e rumamos para o azul, com as expectativas melhores possíveis. Durante todo o dia choveu e com a chuva veio o frio, condição combatida com um bom neoprene. Atualmente utilizo uma roupa de neoprene da mormaii, com espessura de 3.2mm, e estou muito satisfeito com a mesma. Mesmo sobre um bom barco, seguro, amplo e com um motor de três cilindros, demoramos duas horas para chegar ao primeiro “cabeço”, o “cabeço da bicuda”. A água estava linda, “roxa”, como nunca havia presenciado. Mas, mesmo com uma visibilidade de trinta metros, a profundidade de cerca de vinte e dois metros, juntamente com a forte correnteza, dificultaram a pescaria. Nunca estive em águas tão fortes. A “carreira d’água” estava de tal forma que em uma “descida” para o cabeço, reaparecíamos cerca de vinte metros mais distantes. Mesmo assim insistimos. Logo no primeiro mergulho deu para escutar os sons provocados por baleias e esses guinchados me acompanharam por todo o mergulho, fato novo para mim e muito prazeroso. Foi até possível avistar um filhote de baleia pulando sobre a água há certa distância do barco. Sob a água eu vislumbrei uma linda arraia chita, algumas pequenas arraias-de-fogo e uma bela tartaruga se alimentando entre rochas. Não encontramos peixes bons e logo partimos para outro cabeço. Rumamos para o “batentinho” e lá encontramos mais biodiversidade. Um imenso cardume de salemas nos recebeu, além dos peixes reis prateados, dentões sob as pedras, arraias-de-fogo na areia, cardumes de saberés, uma linda “gostosa” que me enganou, pois se parecia muito com uma moréia, pequenas serras, dentre outras espécies. O ambiente estava bastante propício para a caça se não fosse a “carreira d’água” que aumentava com a maré e impossibilitava o mergulho. Tentamos insistentemente caçar, mas fomos limitados pela correnteza, de tal forma que nunca havia presenciado. Explorar a região em torno do barco ficou impossível e a nossa única alternativa foi ficar segurando em uma corda presa ao barco e limitar o mergulho a um único local, acima do cabeço. Resultado da pescaria? Fraca. Apenas o suficiente para o almoço (foto acima), que por sinal estava delicioso. Voltamos muito cansados, mas sem arrependimentos. A busca por uma água perfeita continua. Abraços.

domingo, 11 de julho de 2010

Caça submarina: Água suja



Para a prática de um mergulho perfeito muitas variáveis estão envolvidas. Dentre essas variáveis, a visibilidade da água é, sem dúvida, a maior dificuldade encontrada pelos esportistas. O mergulhador só precisa de uma “água limpa” para passar horas sob a água e esquecer todos os problemas mundanos, porém esse fator não é freqüente nas águas da nossa costa. Há semanas que o mar está “virado” e a visibilidade baixa impossibilita a caça-submarina em nossa cidade. Nesse último final de semana, tínhamos marcado um mergulho na praia de Galinhos/RN e o mesmo foi cancelado por causa desse fator. Sem opções, tentei mergulhar em Barra de Tabatinga, mas o mar estava totalmente “sujo”. Nem 10 centímetros de visibilidade. Insatisfeito, não desisti e fui para a lagoa de Arituba. Local que nunca fugiu de minhas lembranças, pois uma vez, em minha adolescência, já tinha realizado um mergulho em suas águas e tinha matado uma bela Traíra. Lá a água estava bem limpa, mas o mergulho não foi satisfatório. Com pouca vida aquática, me contentei em explorar as margens da lagoa até cansar. Uma paisagem fantasmagórica e sem vida, como uma cidade abandonada. Árvores mortas e denso lodo cobriam toda a superfície da lagoa, que tinha uma média de 6 metros de profundidade. Senti falta dos sons do oceano, da sua vida abundante, da correnteza e, principalmente, dos seus peixes. O mergulho foi fraco, mas valeu a experiência.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Caça Submarina em Natal/RN: Nadadeiras



Antes de iniciar a prática do mergulho profundo em apneia, o mergulhador deve possuir alguns itens indispensáveis para o exercício correto do esporte. Um dos equipamentos necessários é a nadadeira, também conhecida como pé-de-pato, que pode ser encontrada no mercado em diversas formas e tamanhos. Com o desenvolvimento das indústrias de mergulho, a perfeição com que são produzidas as nadadeiras propicia cada vez mais conforto, permitindo que o mergulhador atinja maiores profundidades com um menor gasto de energia, conservando o oxigênio e consequentemente aumentando o tempo de apneia. Uma das principais diferenças que notei quando procurei uma nadadeira adequada para o esporte, foi o seu tamanho bastante aumentado em comparação com a minha antiga (veja a comparação na foto). Na água percebi que, embora tenha comprado uma nadadeira leve e flexível, a força necessária para realizar uma batida de perna era bastante superior em comparação com a minha antiga peça, fato que demonstrou a necessidade de um período para a adaptação com a mesma, permitindo que o meu corpo pudesse ganhar força e me dar a segurança para a realização do mergulho sem riscos de câimbras e/ou outras lesões musculares e articulares que poderiam, no mar, colocar a minha vida em risco. Existem hoje dezenas de marcas no mercado, variando consideravelmente no preço, de menos de cem reais até mais de dois mil reais, e qualidade, com nadadeiras simples de plástico até complexas peças de carbono. Resumindo, uma nadadeira perfeita tem que ser leve o suficiente para dar o máximo de conforto, flexível para propiciar uma maior impulsão no nado, resistente para não sofrer danos e possuir um formato aerodinâmico que aumente seu desempenho. O grande desafio dos fabricantes é criar uma nadadeira perfeita que possibilite ao mergulhador um mínimo gasto de energia para se alcançar distâncias maiores, permitindo que marcas de profundidade sejam quebradas com conforto e segurança, facilitando cada vez mais a prática desse esporte tão extremo.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Caça Submarina em Natal/RN: Fernando de Noronha


Antes de iniciar a minha trajetória de caçador em águas mais profundas, tive a oportunidade de mergulhar nas águas límpidas de Fernando de Noronha. Fuji do meu estado, viajei para a ilha de avião e fiquei hospedado em uma pousada domiciliar (a maioria dos moradores transformou suas casas em pequenas pousadas, uma opção mais barata para o turista). Ao lado de minha noiva e de um casal de amigos, passei cinco dias nessa ilha linda e realizei vários mergulhos em suas águas “cristalinas”. Na verdade, a primeira impressão não foi tão boa, pois assim que “caí” na água da Praia do Porto, encontrei uma visibilidade muito baixa e isso me decepcionou. Como todas as águas, sua visibilidade também depende das correntes marítimas, do clima, do vento... Porém, logo encontrei águas mais límpidas e uma variedade de vida marinha que depressa me animaram. Visitei a ilha no inverno e não era a melhor época para se deparar com águas cristalinas, porém tive a oportunidade de ver a ilha com sua vegetação toda verde e também tomar banho em uma linda cachoeira, na Praia do Sancho, que só se forma com as chuvas. Os mergulhos foram melhorando com as dicas dos moradores da ilha. Recomendo a todos o passeio de Barco até a praia do Sancho (foto), onde é realizada uma parada para o mergulho. A profundidade é por volta dos 10 metros e a cor da água é maravilhosa, de um verde claro muito bonito que facilita a visibilidade de peixes, arraias e tartarugas de espécies distintas, dentre inúmeras outras variedades que nunca havia avistado nas águas rasas do litoral do meu estado RN. Também tive a oportunidade de descer a uma profundidade de 10 metros, com a segurança de vários guias e mergulhadores por toda a minha volta. Na minha primeira descida logo percebi que a pressão em meus ouvidos não me possibilitaria chegar ao fundo, mas após uma conversa rápida com um mergulhador, descobri que era preciso descomprimir o ouvido a cada metro para poder chegar ao fundo sem desconforto (ainda abordarei esse tema no meu blog). Pude então descer até o fundo perseguindo uma arraia e vê-la bem de perto, enquanto a mesma tentava se esconder de mim enquanto se enterrava na areia. Foi uma experiência maravilhosa. Mergulhamos ainda na Praia do Atalaia, que possui um ótimo visual, porém o mergulho é fraco (recomendo essa praia para pessoas que nunca mergulharam pois tem águas bem rasas e um leque variado de pequenas espécies); no “Aqua-sub” que é um passeio maravilhoso pelas ilhas secundárias de Fernando de Noronha, no qual o mergulhador é puxado pelo barco, segurando em uma mini-prancha, durante uma hora maravilhosa de encontros com tartarugas, peixes e, se tiver sorte, golfinhos; no naufrágio próximo ao porto, mas a água estava turva e dificultava muito a visibilidade; e também mergulhamos na Baía dos Porcos, onde entrei na praia e nadei com meu primo até os “dois irmãos”, um mergulho com a água cristalina e com uma boa variedade de vida marinha. Tentamos ainda mergulhar na Baía do Sueste, um berçário de tartarugas e tubarões, mas a água estava muito suja e impossibilitou o mergulho. Embora a pesca seja permitida em algumas praias de Fernando de Noronha, o que muito me surpreendeu, a caça-submarina é completamente proibida por lá. Porém, só a chance de vislumbrar sua vida marinha é uma experiência maravilhosa que vale muito a pena conferir.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Caça submarina em Natal/RN: Conhecendo o mar.



No início, há tantos anos atrás que nem me lembro quando, recordo que me aventurava na costa da praia de barra de tabatinga com espetos de guarda-chuvas com ligas de soro, atrás de presas que chamassem a minha atenção. Tentar caçar uma caraúna (peixe da foto) era um grande desafio e exigia muito empenho para concretizar a vitória do mini-caçador sobre sua presa. Eu não devia ter completado uma década de vida, quando já era apaixonado pelo mar e por suas criaturas diversas. Sempre me fascinei pelos peixes sempre mais velozes do que eu, por polvos tão inteligentes, por lagostas tão espinhosas, moréias tão aterrorizantes, caranguejos tão fortes e corais tão coloridos. Não tinha nenhuma consciência ecológica e caçava minhas presas pelo simples motivo de superar suas habilidades sob a água, tão superiores às minhas próprias aptidões. Cresci fora da água, mas minha cabeça nunca deixou de admirar esse mundo tão incompatível comigo. Aventurar o desconhecido ecossistema marinho era como ter uma vida paralela, livre dos problemas mundanos tão repetitivos na rotina de qualquer um. Cresci dentro e fora da água, me desenvolvendo e aperfeiçoando as técnicas infantis à medida que descobria novas formas de esquecer meus medos e alcançar minhas presas. Aos 14 anos ganhei a minha primeira arma, uma mini-cobra de ar-comprimido, e logo consegui obter presas maiores e mais saborosas. Caraúnas não faziam mais parte do meu leque de presas, mas continuavam embelezando os mergulhos com suas cores vibrantes: pretas, azuis e amarelas. À medida que caçava saunas, galos, dentões e pirambús, começava a aprender a respeitar a vida marinha, poupando presas que aprendi a admirar por sua beleza e importância biológica. Corais que propiciavam a vida no mar, seus peixes coloridos, que atraiam predadores maiores para dentro do coral, lagostas, polvos e diversos outros animais que parei de caçar simplesmente por admirar sua beleza. Passei mais de 10 anos realizando mergulhos rasos no litoral do meu estado RN antes de começar a me aventurar em águas mais profundas. Quando parti para esse novo mundo, descobri que o esporte é bem diferente do que o que costumava praticar, mas essa é outra história...

domingo, 27 de junho de 2010

Caça Submarina em Natal/RN.



A caça submarina é um esporte maravilhoso e as possibilidades de mergulho no litoral do Rio Grande do norte são infinitas. Entretanto, os riscos desse esporte extremo devem ser considerados quando um mergulhador decide se aventurar em águas mais profundas, literalmente. Prender a respiração, descer vinte metros, fazer uma longa espera, caçar uma barracuda gigante, trabalhar o peixe e finalmente capturá-lo é uma experiência incrível, mas envolve uma série de técnicas e cuidados. Conhecer as nuances desse esporte e a melhor forma de explorá-las é fundamental para a sua prática segura. Postar informações sobre os melhores pontos de mergulho próximos à cidade de Natal, sobre as condições do mar, sobre os equipamentos necessários, sobre a legislação vigente para a prática legal do esporte, sempre relacionando os temas à consciência ecológica, são as principais intenções desse blog.