sábado, 11 de setembro de 2010

Protocolo de Segurança da AIDA

Conheça os protocolos de segurança para competições e quebra de recordes da AIDA Internacional! A AIDA Brasil estipulou também seu protocolo de segurança, nos moldes da AIDA Internacional. Leia com atenção!

RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA NA PRÁTICA DA APNÉIA

A apnéia é um esporte acessível à todos, principalmente num país como o Brasil com uma costa marítima tão extensa, centenas de praias e água com temperatura convidativa.
Praticada com segurança, mesmo pelos mais jovens, o mergulho livre é hoje uma realidade. Mesmo que você não tenha muita aquaticidade, você tem pulmões! Calce suas nadadeiras, coloque sua máscara e mergulhe. A apnéia é um meio de nos conhecermos melhor e de, também, conhecermos o mundo aquático.
Mesmo sendo um esporte praticado num ambiente tranquilo e até prazeroso, a água pode se tornar perigosa já que não é o nosso habitat por natureza. E quando falamos disso, estamos também mencionando piscinas e outros locais rasos, porque a longa privação do corpo de oxigênio, pode levar ao apagamento e a um possível afogamento se não houver uma rápida intervenção de alguém que esteja no local.
Para evitar acidentes durante suas imersões, aqui vão algumas
recomendações de segurança que devem ser seguidas.
• Essa é a regra número 1: Não se treina ou pratica mergulho em apnéia sozinho, mesmo que seja em piscina ou por simples brincadeira. Há casos de morte registrados em situações onde pessoas, mesmo preparadas, estavam treinando ou ´brincando´ sozinhas.
• Na apnéia estática, combine sinais de comunicação com a pessoa que esta supervisionando, ao menos a partir de 50% da performance, de 30" a 30" e depois constantemente a cada 15". Ex.: a pessoa parte para fazer 3'00, então recebe um toque nos 1'30, outro nos 2'00, outro nos 2'30, 2'45, 3'00... Se a pessoa não responder ao toque com o sinal pré- estabelecido, é tocado novamente na sequência, não respondendo deverá ser retirado imediatamente da água ainda que tente se manifestar de outras formas para dizer que está bem.
• Mergulhe sempre com 2 ou mais apneístas do mesmo nível de preparação que o seu.
• Sempre mostre a sua presença, diga quando partirá e quanto pretende atingir em cada mergulho.
• No mar: tenha sempre com um ponto de apoio para recuperação do apneísta entre uma descida e outra. Uma simples bóia de cor vermelha é suficiente (poitas ou flutuadores como aqueles protetores de casco para barcos). A partir deste flutuador desce um cabo até o fundo, ficando esticado por um lastro de 10 a 20 quilos preso na ponta final, para que o cabo, bem esticado, seja um ponto de apoio bem firme.
• Use sempre cabos que vão até o fundo, que deverá estar próximo de sua profundidade máxima a ser atingida.
• O apneísta de superfície deve manter a mão no cabo, assim saberá, pelo tato e vibração do cabo, quando seu companheiro chegou ao fundo e poderá partir (sempre com o mínimo consumo de oxigênio, ou seja, usando os braços) para encontrá-lo nos últimos -10 metros no retorno à superfície.
• Equilíbrio com o lastro de chumbo é fundamental. Você deverá estar neutro na metade da profundidade máxima que pretende atingir. Exemplo: se sua meta é atingir 15 metros de profundidade, deverá retornar à superfície, sem utilizar as nadadeiras, desde os -7,5 metros. Se você descer a -30 metros, este ponto se situará a -15 metros.
• Não escolha roupas de cores escuras como preto ou azul marinho pois você estará "invisível" dentro d'água, o que dificulta a sua localização por parte de quem está na superfície ou acima de você na água.
• Em locais com correnteza, pouca visibilidade ou outros fatores estressantes como o frio, recomenda-se o uso de um cabo acessório que prende o apneísta ao cabo principal, porém com um sistema de largagem rápida.
• Quando seu companheiro retornar à superfície, pergunte se ele está bem (mesmo em piscina). Caso ele não responda, segure-o firmemente. Mesmo que ele responda ou demonstre que está bem, nunca lhe dê as costas. Uma síncope ou apagamento podem ocorrer até 20 segundos após o retorno à superfície.
• Jamais fique no fundo, mesmo se você estiver se sentindo bem. Prefira a apnéia estática para prolongar sua apnéia, estando próximo da superfície.
• Em piscina, pratique sempre próximo de algum apoio, escada, borda ou bóia. Na apnéia dinâmica tenha sempre acompanhamento paralelo, dentro da água nos últimos 30% de sua performance.
• Não solte o seu ar dentro da água. Guarde o ar!!! Bolhas podem ser interpretadas como sinal de apagamento.
• Não hiperventile (respiração ampla, profunda e silenciosa).
• Não negligencie a compensação dos ouvidos. Se tiver problemas para compensar os ouvidos, não insista. Descanse um pouco antes de uma nova tentativa. Se o problema persistir, pode ser sinal de uma gripe, resfriado ou outra ocorrência clínica. É bom consultar um médico.
• Não esqueça da respiração ao sair da água, elevar a máscara e reestabelecer-se.
• Respeite seu organismo: jamais mergulhe doente (gripado, sinusite) ou quando estiver em tratamento por medicamentos. O organismo não responderá normalmente. Álcool e fumo são também inimigos.
• Pare de olhar seu relógio ou seu profundímetro durante o mergulho. Você tem toda a vida para progredir! Jamais forçar! A apnéia é, acima de tudo, uma escola de paciência!

Mesmo em piscina, é preciso ter supervisão direta !

Cuidado Pessoal!

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