domingo, 11 de julho de 2010
Caça submarina: Água suja
Para a prática de um mergulho perfeito muitas variáveis estão envolvidas. Dentre essas variáveis, a visibilidade da água é, sem dúvida, a maior dificuldade encontrada pelos esportistas. O mergulhador só precisa de uma “água limpa” para passar horas sob a água e esquecer todos os problemas mundanos, porém esse fator não é freqüente nas águas da nossa costa. Há semanas que o mar está “virado” e a visibilidade baixa impossibilita a caça-submarina em nossa cidade. Nesse último final de semana, tínhamos marcado um mergulho na praia de Galinhos/RN e o mesmo foi cancelado por causa desse fator. Sem opções, tentei mergulhar em Barra de Tabatinga, mas o mar estava totalmente “sujo”. Nem 10 centímetros de visibilidade. Insatisfeito, não desisti e fui para a lagoa de Arituba. Local que nunca fugiu de minhas lembranças, pois uma vez, em minha adolescência, já tinha realizado um mergulho em suas águas e tinha matado uma bela Traíra. Lá a água estava bem limpa, mas o mergulho não foi satisfatório. Com pouca vida aquática, me contentei em explorar as margens da lagoa até cansar. Uma paisagem fantasmagórica e sem vida, como uma cidade abandonada. Árvores mortas e denso lodo cobriam toda a superfície da lagoa, que tinha uma média de 6 metros de profundidade. Senti falta dos sons do oceano, da sua vida abundante, da correnteza e, principalmente, dos seus peixes. O mergulho foi fraco, mas valeu a experiência.
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